"Precisamos de mais diplomacia e menos intervenções armadas na Ucrânia, na Palestina, no Iêmen. O horrores da guerra e o sofrimento que ela provoca não podem ser tratados de forma seletiva. Os princípios basilares do Direito Internacional valem pra todos", disse o petista.
Von der Leyen destacou o papel relevante que o Brasil assumirá nas negociações de paz, uma vez que presidirá o G20 — o grupo das 20 maiores economias do mundo — a partir de dezembro deste ano.
"O impacto dessa guerra vai muito além das fronteiras da Ucrânia. Afeta a segurança alimentar e as questões energéticas. O Brasil também sentiu dificuldades de obter fertilizantes com o custos crescentes", declarou, ao destacar ainda a "amaça grave aos princípios do direito internacional, à soberania, que esta consagrada na carta das Nações Unidas e à integridade territorial de cada país".
Pela paz
Enquanto a União Europeia se declara frontalmente contra a Rússia no conflito, o Brasil se coloca como neutro e tenta formar um grupo de países amigos para negociar a paz. "Lembrei à presidente Von der Leyen que o Brasil votou a favor de resoluções na ONU que condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia. Reiterei nosso empenho em busca da paz, evitando a escalada da guerra e do uso da força e seus riscos incalculáveis", enfatizou o presidente brasileiro.