A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos que depredaram as sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro, aprovou em reunião deliberativa, nesta terça-feira (13/6), a convocação de integrantes do governo do ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL). Os convocados são obrigados a comparecer para prestar esclarecimentos.
e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, preso desde o dia 3 de maio em uma investigação sobre fraude no cartão de vacina de Bolsonaro.
Entre os nomes que devem ser ouvidos pelo colegiado estão Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Braga Netto, ex-ministro da Defesa; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Augusto Heleno; Silvinei Vasques, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Elcio Franco, ex-secretário do Ministério da Saúde de Bolsonaro, também foram convocados.
Os parlamentares também rejeitaram a convocação de autoridades que foram nomeadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias - que foi gravado pelo circuito do Planalto “interagindo” com os vândalos; o secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex-interventor do Distrito Federal, Ricardo Cappelli; e o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha.
O presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia (União-BA), pautou para votação um total de 285 requerimentos enviados pelos parlamentares, sendo que 62 eram de autoria da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Entre os pedidos aprovados também estão o compartilhamento de dados obtidos pela Polícia Federal no celular de Bolsonaro.