Jornal Estado de Minas

DANIELA CARNEIRO

Ministra do Turismo: 'Achismo é complicado, mas estou aqui'

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, frisou nesta quarta-feira (14/6) que o "achismo" sobre sua possível demissão é "complicado", e declarou que, no momento, permanece no cargo. Daniela está sob ameaça de demissão por pressão de seu partido, o União Brasil, que insiste com o governo pela indicação do deputado federal Celso Sabino (União-PA) para assumir a pasta.





"Essa questão de achismo é complicado, mas estou aqui", respondeu a jornalistas ao chegar ao Senado Federal, onde participa hoje de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional para apresentar os feitos de sua gestão. "Falaram que acham que eu fico como ministra. Vamos continuar os trabalhos, está tudo sob controle", complementou.

Daniela reuniu-se ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a sua situação. Nos bastidores, a saída da ministra é considerada quase certa. Filiada ao União Brasil, ela está em litígio com a legenda para migrar ao Republicanos sem perder o cargo de deputada federal, ao qual foi eleita com o maior número de votos de seu estado, o Rio de Janeiro. Por conta do racha, o União defende que não está representado na pasta e quer Celso Sabino em seu lugar.
 
LeiaCotado para o Turismo, Celso Sabino só apresentou 3 projetos sobre o tema 

Sobrevida

Líderes do governo reconhecem que a manutenção de Daniela é complicada, já que a pasta do Turismo foi destinada ao partido para auxiliar na formação da base governista no Congresso. Parlamentares da legenda ameaçam se declarar oposição e, segundo documento interno, cerca de 50 dos 59 integrantes da bancada apoiaram que Sabino assuma a pasta.

Daniela recebeu uma sobrevida ontem após a reunião com Lula, e fica pelo menos até amanhã, quando participará de uma reunião ministerial no Planalto para apresentar suas realizações.

Aos jornalistas, a ministra também voltou a afirmar seu apoio ao governo. "Apoiei na campanha, e estarei com Lula presidente pela democracia do Brasil", cravou.