Hardt tem substituído o juiz titular da 13ª Vara de Curitiba, Eduardo Appio, desde 22 de maio, a partir do afastamento temporário dele, sob suspeita de ter praticado infrações disciplinares.
A negativa a Gabriela Hardt ocorreu, de acordo com o TRF-4, porque outros juízes tiveram prioridade, em função do critério de antiguidade.
Na Vara Federal responsável pela Lava-Jato, a juíza é substituta, termo que se refere não à condição de suplente ou "reserva", mas ao estágio na carreira de magistrado. Os casos da operação estavam sob responsabilidade de Appio, que é juiz titular.
Hardt atua nos processos da operação em situações de férias ou ausência. Ela chegou a conduzir os casos da Lava-Jato temporariamente entre 2018 e 2019, após Sergio Moro abandonar a magistratura, e se mostrou alinhada com as teses do hoje senador.
A juíza, por exemplo, expediu a sentença que condenou Lula à prisão na ação penal do sítio de Atibaia (SP), em medida que dois anos mais tarde foi anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).