Jornal Estado de Minas

ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Marco Feliciano: 'CPMI foi sequestrada pelo governo que não a queria'

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) criticou a postura de parlamentares aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Nessa terça-feira (14/6), o colegiado votou requerimentos de convocação e deixou de fora membros e ex-membros do governo.





“A CPMI dos atos de 8/1 foi tomada, sequestrada e possuída pelo governo que não a queria. Ontem o governo por maioria rejeitou a convocação do pivô de sua instalação, o General GDias. O que temem?”, disse.

Entre os nomes aprovados para serem ouvidos pelo colegiado estão Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Braga Netto, ex-ministro da Defesa; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e general Augusto Heleno; e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, preso desde o dia 3 de maio em uma investigação sobre fraude no cartão de vacina de Bolsonaro.

A presidência da comissão, sob o comando do deputado Arthur Maia (União-BA), ainda precisa marcar a data das oitivas. Ontem, o parlamentar negou que teria havido um acordo para que Cid fosse o primeiro a ser ouvido.

Os parlamentares rejeitaram a convocação de autoridades que foram nomeadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias - que foi gravado pelo circuito do Planalto “interagindo” com os vândalos; o secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex-interventor do Distrito Federal, Ricardo Cappelli; e o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha.