A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em segundo turno, nesta quarta-feira (14/6), o Projeto de Lei (PL) 2573/2021, que torna o queijo Cabacinha patrimônio cultural e imaterial do estado. O laticínio é uma iguaria produzida em comunidades de agricultores familiares do Vale do Jequitinhonha.
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“A produção e o consumo do queijo fazem parte da história de Minas Gerais, e o queijo Cabacinha, produzido no Vale Jequitinhonha, tem um importante papel nessa história. Seu modo de produção tem saberes tradicionais, e o reconhecimento pelo Poder Executivo pode resultar no fortalecimento da sua produção, consumo e, consequentemente, na geração de renda para diversas famílias, promovendo o desenvolvimento da região e garantindo a continuidade dessa tradição tão valiosa para nós”, afirmou.
O queijo Cabacinha é produzido a partir do leite cru com adição de coalho e fermento láctico. Ele é manualmente moldado para ganhar a forma de uma cabaça, o fruto da cabaceira, daí o nome popularizado para o alimento. Depois de salgado, o queijo é pendurado para secar e costuma ser comercializado nesta mesma disposição, em uma espécie de ‘varal’.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) realizou, em 2014, um estudo de caracterização da região produtora do laticínio envolvendo os municípios de Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina e Pedra Azul. A região foi reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) como a produtora do queijo Cabacinha no estado. Mais tarde, foram incluídas as cidades de Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma e Ponto dos Volantes ao grupo.