O senador e ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP) analisou os fatores que levaram à derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições e apontou Carla Zambelli, Paulo Guedes e Roberto Jefferson como alguns dos responsáveis.
Leia Mais
Zanin no STF: Moro promete 'sabatina rigorosa' no SenadoJanones após Salles criticar fala de professor na CPI do MST: 'Apedeuta'Bancada ruralista recebeu doações de invasores de terras indígenasSenador Marcos do Val completou 52 anos no dia de ação da PFCiro Nogueira sobre Bolsonaro inelegível: 'TSE está criando um líder'PF faz busca e apreensão em endereços do senador Marcos do ValPacheco sobre projeto da Câmara que blinda políticos: 'Não conheço'Durante entrevista à "Folha de S. Paulo", Nogueira também declarou que a direita perdeu tempo questionando o sistema eleitoral brasileiro, o que teria prejudicado Bolsonaro nas eleições. Entretanto, defendeu que o ex-presidente não afirmou que houve fraude.
“Você tem o direito de questionar qualquer situação, não vejo problema nenhum. Confio plenamente no sistema eleitoral brasileiro, mas não significa que ele não possa ser fraudado. Bolsonaro questionou se haveria votos auditáveis e tudo o mais. Mas eu não vi o presidente dizer que houve fraude”, disse.
Ataques a Brasília
Ao ser perguntado se os questionamentos sobre as urnas teria levado aos ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro, Nogueira rebateu, afirmando que o grande culpado foi a inoperância das forças que deveriam proteger os palácios, e apontou que Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI, teria aberto as portas “para os baderneiros entrarem”.
O senador negou ter ciência da minuta golpista encontrada com Anderson Torres e das mensagens no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: “Ele que explique o que está no celular dele, qual a participação dele”.
Nogueira também afirmou que o ex-presidente “é um homem de bem, um homem sério e um homem simples”, e que tentativas de macular sua imagem não irão funcionar.
“Com tanto indício, acho que fica claro que algumas pessoas pensavam isso. Mas eu não tenho nem dúvida que o presidente Bolsonaro, em minuto nenhum, nem autorizou, nem orientou, nem pensou nessa situação de golpe. Bolsonaro é um democrata. Até o último minuto ele achava que ia ganhar no voto”, afirmou.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa