Jornal Estado de Minas

STF

Sabatina de Zanin: como se posicionam os três senadores mineiros

Os três senadores mineiros conversaram com o Estado de Minas sobre a sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A sabatina foi marcada para a próxima quarta-feira (21/6) pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP).





 

“O advogado Cristiano Zanin reúne condições e tem os predicados necessários para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, na minha avaliação. Mas essa é uma análise que o Senado terá a oportunidade de fazer, conforme o rito exige", declarou o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD).

 

Questionado pela reportagem sobre qual será o seu voto na sabatina, Carlos Viana (Podemos) preferiu não revelar. Entretanto, ao "Correio Braziliense", o parlamentar afirmou que Zanin é tecnicamente capacitado para ocupar uma cadeira no STF.

“Juridicamente, ele é uma pessoa muito preparada. Porque, para reverter a situação que ele conseguiu reverter juridicamente, podemos entender que se trata de um doutor na área do direito”, disse o senador se referindo a defesa de Lula nos processos da Operação Lava-Jato.





 

Já o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) afirmou que vai votar contra a indicação do presidente da República. O parlamentar afirma que não concorda com o modelo atual de indicação de ministros para a Suprema Corte e também tem objeções ao passado de Zanin como advogado pessoal de Lula.

 

“Não é nada contra a pessoa dele. Eu acho que essa prática de presidentes terem que indicar os ministros deveria mudar. Falei até em um discurso que cabe ao Senado, através de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) a gente mudar a forma como é feita a indicação. Outro ponto que me faz não votar nele é o caso dele ser advogado pessoal do presidente que o está indicando. Por exemplo, se cair uma ação do Lula no STF ele pode ser o relator ou julgar a ação”, justificou o senador.