A casa dele também seria um dos alvos de buscas. As diligências foram autorizadas para coletar documentos, aparelhos eletrônicos e arquivos digitais. O parlamentar ainda não se manifestou sobre o caso.
As buscas ocorrem no âmbito da investigação sobre atos antidemocráticos. Além da apreensão de provas físicas e digitais, o magistrado também determinou a suspensão das redes do congressista. Ele é suspeito de ligação com atos extremistas.
Durante reunião da Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos, no dia 6 de junho, Do Val chegou a afirmar que Moraes deveria ser investigado nos inquéritos que correm na suprema corte. Hoje, o senador está sendo investigado por divulgar informações sigilosas.
Em fevereiro, Marcos do Val teve o celular apreendido e foi considerado suspeito pelo STF por envolvimento na depredação dos Três Poderes. “Ele me inseriu no inquérito para tentar me calar. Ao mesmo tempo que ele pediu que eu fosse para a reunião (que criou o pedido da CPMI), quando retornei eu reportei o que aconteceu e ele como relator dos atos antidemocráticos deveria se dizer impedido de continuar”, disse na reunião da CPMI.
O senador afirmou que Moraes sabia com antecedência sobre os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes e que ele estava sendo parcial na condução do inquérito. “Uma das maneiras de calar um senador é inserir no inquérito. Não há contribuição minha para tal. Se eu estou sendo investigado ele também deveria”, continuou.
Já nessa quarta-feira (14/6), o senador destacou que era notório as ações inconstitucionais de Moraes, sendo um “traidor da pátria”. “Seguindo o que determina a constituição que cabe aos senadores, fiscalizar, afastar e até impeachmar ministros do STF. É notório em todos os meios jurídicos e entre e entre os magistrados, por todo o Brasil, as ações anticonstitucionais do ministro Alexandre de Moraes”, dizia.