A Polícia Federal (PF) chegou a pedir a prisão do senador Marcos Do Val (Podemos-ES), nesta quinta-feira (15/6), investigado por divulgar documentos sigilosos da Agência Brasileira Inteligência (ABIN). O pedido, no entanto, teria sido negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informação compartilhada pelo jornalista Cesar Tralli, da "GloboNews".
o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o parlamentar, tanto no seu gabinete em Brasília, quanto em endereços no Espírito Santo. As diligências foram autorizadas para coletar documentos, aparelhos eletrônicos e arquivos digitais. O parlamentar ainda não se manifestou sobre o caso.
Moraes também chegou a autorizarAs buscas ocorrem no âmbito da investigação sobre atos antidemocráticos. Além da apreensão de provas físicas e digitais, o magistrado também determinou a suspensão das redes do congressista. Ele é suspeito de ligação com atos extremistas.
O material sigiloso estaria sendo usado durante as reuniões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos para atacar membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Durante encontro do colegiado, no último dia 6, Do Val chegou a afirmar que Moraes sabia com antecedência sobre os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes e que ele estava sendo parcial na condução do inquérito. “Uma das maneiras de calar um senador é inserir no inquérito. Não há contribuição minha para tal. Se eu estou sendo investigado ele também deveria”, disse.
Nessa quarta-feira (14/6), o senador destacou em publicação nas redes sociais que era notório as “ações inconstitucionais de Moraes”, sendo o ministro um “traidor da pátria”. “Seguindo o que determina a constituição que cabe aos senadores, fiscalizar, afastar e até impeachmar ministros do STF. É notório em todos os meios jurídicos e entre e entre os magistrados, por todo o Brasil, as ações anticonstitucionais do ministro Alexandre de Moraes”, dizia.