"Obviamente não quero perder os direitos políticos. A gente quer continuar vivo contribuindo com o país. (...) Nós temos esse problema agora. Até mesmo uma condenação de inelegibilidade porque me reuni com embaixadores antes do período eleitoral. Vamos enfrentar isso no dia 22 agora. Já sabemos que os indicativos não são bons, mas eu estou tranquilo", afirmou o ex-militar em evento do Partido Liberal em Jundiaí, no interior de São Paulo.
Durante a reunião com embaixadores no Palácio do Alvorada, realizada em julho de 2022, semanas antes da eleição para presidente, Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que as urnas eletrônicas não eram confiáveis, atacou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, Luís Barroso e Edson Fachin.
Para justificar sua fala sobre o sistema eleitoral brasileiro, o então presidente mostrou imagens de suas motociatas. Ele também falou sobre um inquérito de 2018 aberto pela Polícia Federal sobre um ataque hacker ao site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O encontro foi alvo de denúncia do PDT que acusou o então candidato à reeleição de propagar mentiras sobre o funcionamento das urnas. Na época, o TSE, apresentou divulgou notas em que afirma que o ataque não representou risco à integridade das eleições, que o código-fonte passou, posteriormente ao ataque, a diversos testes, e que, pelas urnas não serem conectadas à internet, elas não podem ser acessadas ou invadidas.
Ainda no sábado, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o pleito de 2022, no qual foi derrotado.
"Houve as eleições, que eu acho que todo mundo pode questionar, mas para o STF e o TSE não pode questionar. Não pode falar nada de eleições. Eu acho que pode, mas não podemos falar nada. Eu acho que é página virada", lamentou.