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Estado de Minas JUSTIÇA ELEITORAL

Caso condenado pelo TSE, Bolsonaro fica imediatamente inelegível

Julgamento começa nesta quinta e deve durar até a próxima semana. Ex-presidente pode recorrer de decisão negativa, mas recurso não suspende os efeitos da medida


19/06/2023 15:27 - atualizado 19/06/2023 19:21
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Jair Bolsonaro (PL)
Caso TSE julgue procedente ação movida pelo PDT, Bolsonaro torna-se inelegível até 2030 (foto: EVARISTO SA / AFP)
Jair Bolsonaro (PL) começa a ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (22) em ação que pode torná-lo inelegível até 2030. Caso condenado, o ex-presidente perde imediatamente o direito de concorrer a cargos eletivos mesmo ainda podendo recorrer da decisão.

Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa em que o ex-presidente tentou a reeleição, são alvos de uma ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). A medida questiona o uso da estrutura da presidência para atacar o sistema eleitoral durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado.

O julgamento acontece nesta quinta e tem mais duas sessões marcadas na próxima semana, nos dias 27 e 29. Caso a ação seja julgada procedente, Bolsonaro torna-se inelegível por oito anos a partir da data das últimas eleições. O ex-presidente ainda pode tentar recorrer, mas os recursos não anulam o efeito imediato da decisão, como explica o advogado com atuação na área eleitoral e mestre em Direito Público pela PUC-MG, Fabrício Souza Duarte.

“Bolsonaro tem direito a recursos. Um dos recursos cabíveis nesse caso seria um embargo de declaração para esclarecimento de alguma dúvida do acórdão. Esse embargo é dirigido ao próprio TSE. Também cabe acionar o STF (Superior Tribunal Federal) com um recurso extraordinário. Esses recursos não têm efeito suspensivo, decidido pelo TSE, ele já se torna inelegível a partir de então. Também não há um prazo determinado para que as cortes analisem os pedidos de recurso do ex-presidente”, explica.


A ação direcionada à candidatura de Bolsonaro e Braga Netto aponta que, na reunião com os embaixadores, o ex-presidente violou a lei 9.504/97. Entre as irregularidades listadas estão o desvio de finalidade de poder para fins eleitoreiros; o uso da condição de presidente da República para reunir representantes de países estrangeiros e difundir fake news contra o processo eleitoral; e o uso das redes oficiais do Planalto e da TV Brasil para veicular a reunião


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