Servidores públicos estiveram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (19/6) para se manifestarem contra a demora na apreciação do projeto que repõe as perdas inflacionárias nos salários do funcionalismo estadual.
O governo de Romeu Zema (Novo) previa oferecer uma recomposição de 5,8% para todas as categorias, exceto a educação, que teria reajuste de 12,84%. De acordo com o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), o reajuste para repor a perda da inflação do período de 2015 a 2022 precisa ser de 35,44%.
"Muito difícil o governador fazer inúmeras promessas e para eles (um aumento de) 298%. Quando o servidor vai cobrar, eles vêm com a história do regime (fiscal), 'nós não temos dinheiro'", afirmou o deputado Rodrigues, relembrando o aumento de quase 300% que o governador e a cúpula do estado receberam em abril deste ano.
O reajuste elevou o salário de Zema de R$ 10.500 para R$ 41.845,49.
O deputado estadual Leleco (PT) também criticou o adiamento da proposta de recomposição salarial. "É a ineficiência do governo Zema. Aumenta o seu salário e nega o salário aos servidores públicos."
"Não só eu, mas diversos outros deputados vão querer fazer a obstrução permanente até que o governo se manifeste em relação ao tema", afirmou Sargento Rodrigues.