O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a depredação dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, nesta terça-feira (20/6), lembrou do episódio em que a torcida organizada Galoucura, do Clube Atlético Mineiro (CAM), desbloqueou a BR-381 que foi interditada por bolsonaristas após as eleições de 2022.
A CPMI colhe o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que sobre os bloqueios afirmou que a corporação não tinha efetivo para liberar as rodovias. “Dizer que não tinha contingente? O senhor conhece a Galoucura? Ela saiu de Belo Horizonte, foi até São Paulo de ônibus, não trocou um tapa e retirou de lá pneus, pessoas nem tinham. A Polícia Rodoviária Federal não tinha condições de tirar de lá?”, disse.
“Não é possível que uma torcida consegue fazer isso e a PRF não. Não cola essa de que vocês fizeram esforços para retirar quem estava lá (bloqueando rodovias), pelo contrário, assim como o Exército não quis retirar quem estava na frente dos quartéis”, continuou o deputado mineiro.
Na época, a torcida organizada viralizou ao se autointitular “tropa do fura-bloqueio”. Entre xingamentos aos manifestantes que interditaram as estradas mineiras, os torcedores afirmavam que “ninguém para a Galoucura” e que onde tiver bloqueio eles “vão passar, passando”.
Rogério Correia lembrou que a Galoucura conseguiu furar bloqueios de bolsonaristas, enquanto a PRF não (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
