Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin afirmou que respeitará o impedimento de sua atuação em qualquer causa que tenha atuado como advogado. O indicado passa por sabatina no Senado nesta quarta-feira (21/6).
“Para mim isso é muito claro, e não há dúvida de que eu deverei seguir esse impedimento em qualquer causa que eu tenha atuado como advogado”, disse.
O senador também relembrou o vínculo profissional estabelecido entre Zanin e o presidente Lula durante os processos da Operação Lava-Jato. “O vínculo que une vossa excelência e o Presidente da República extrapola o mero conhecimento pessoal do seu currículo e da sua qualidade”, afirmou Vieira.
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Zanin atuou durante quatro anos na defesa de Lula nos processos da Operação Lava-Jato, sendo responsável pela anulação das condenações de Lula no processo, que restabeleceram os direitos políticos de Lula e possibilitaram a eleição do petista em 2022.
O senador ainda relembrou uma fala de Lula em outubro de 2022 à TV Bandeirantes, na qual afirmava: “Eu acho que a suprema corte tem que ser escolhida por competência, por currículo, e não por amizade”. Também citou o princípio da impessoalidade utilizado pelo ministro Alexandre de Moraes ao decidir pela proibição da indicação de um ministro de estado pelo então presidente da república Jair Bolsonaro.
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“Evidentemente que em todo processo que eu tenha atuado como advogado, seja qual for a parte que eu tenha patrocinado seus direitos e interesses, eu não poderei, se aprovado for por essa casa, julgar esses processos no Supremo Tribunal Federal. Afinal existe uma lei específica que impede aquele que funcionou na causa, em qualquer posição, advogado, promotor ou qualquer outra, de vir a julgar esta causa’, respondeu Zanin.