Jornal Estado de Minas

SENADO

Senado adia para 4 de julho sabatina de Gabriel Galípolo para Banco Central

O Senado adiou para 4 de julho a sabatina do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo para a diretoria de Política Monetária do BC (Banco Central).


A sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado estava prevista para a próxima terça-feira (27/6), mas foi adiada por causa das festas juninas --que mobilizam parlamentares da região Nordeste.





A sabatina do servidor do Banco Central Ailton de Aquino Santos, indicado para comandar a área de Fiscalização da autarquia, também foi remarcada. A votação no plenário do Senado ainda não foi definida, mas a expectativa é de que ocorra no mesmo dia.


Galípolo foi escolhido pelo governo Lula (PT) para assumir uma das diretorias mais importantes do Banco Central depois da presidência --ocupada hoje por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

 


Nome de confiança de Lula, Galípolo precisará se equilibrar entre a autonomia legal do BC e a missão creditada a ele de abrir caminho para o corte da Selic --um apelo do presidente ecoado por membros do governo e por quadros do PT desde o início da gestão.


A avaliação é de que o ingresso de Galípolo pode contribuir para abrir divergência ou ampliar as discussões nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), iniciando um processo de convencimento por dentro da instituição para cortar a taxa básica.





Futuramente, a aposta é que ele seja o escolhido de Lula para suceder Campos Neto, cujo mandato na presidência do Banco Central termina em dezembro de 2024.

 

 


No dia em que foi anunciado para a vaga, Galípolo arrancou elogios até da oposição, como mostrou a Folha. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a escolha "certamente" agrada.


Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que Galípolo "é o melhor nome da economia" e deve ser aprovado sem grandes dificuldades. "Grande indicação, mas vai deixar um vácuo muito grande na economia", disse o senador à reportagem na ocasião.