(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas JUSTIÇA ELEITORAL

Julgamento de Bolsonaro: advogado fala em 'tentativa de golpe militar'

Ex-presidente é julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por reunião com embaixadores em que atacou, sem provas, o processo eleitoral brasileiro


22/06/2023 13:28 - atualizado 22/06/2023 14:06
440

O advogado Walber Moura Agra, que representa o PDT na ação contra Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e econômico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que os ataques do ex-presidente faziam parte de uma trama golpista, com a utilização da estrutura pública. O julgamento teve início na manhã desta quinta-feira (22/6). O relatório do ministro Benedito Gonçalves foi lido e, agora, são ouvidas as partes de acusação e de defesa.

“Utilizou-se a TV Brasil, desviou-se propagando institucional para disseminar fake news. Utilizou-se aviões da FAB, está nos autos. Dano ao erário em várias oportunidades, difusão sistemática de fake news, ataques sistêmicos à democracia, principalmente aos ministros. Veja que cena triste da nossa história. E, por último, tentativa nítida de golpe militar, de golpe de Estado”, declarou Agra.

Durante o encontro com os embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, o então presidente Jair Bolsonaro questionou a segurança do sistema eleitoral e apontou risco de fraude nas eleições, sem apresentar provas. Segundo a acusação, ele usou indevidamente os meios de comunicação da TV Brasil, uma emissora pública, para transmitir a reunião e proferir os ataques.

Advogado do PDT
Advogado do PDT, que acusa o ex-presidente, apresentou uma série de eventos que seria um contexto para um golpe (foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)
A Procuradoria Geral-Eleitoral (PGE) se manifestou pela inelegibilidade de Bolsonaro e pela absolvição do vice na chapa do ano passado, Braga Netto. Segundo o órgão, as falas geraram "graves consequências" para a aceitação das eleições e mostraram-se "evidentemente capaz de afetar a confiança de parcela da população" na legitimidade das urnas eletrônicas.

Não há prazo para que o julgamento termine. No entanto, a Corte reservou três sessões para concluir a análise do processo. O ministro Benedito Gonçalves apresentou o relatório com o resumo do processo e não indicou qual será o seu voto. Após a apresentação das partes envolvidas, o relator será o primeiro a votar. Em seguida, votam:
  • Raul Araújo Filho
  • Floriano de Azevedo Marques
  • Ramos Tavares
  • Cármen Lúcia
  • Kassio Nunes Marques
  • Alexandre de Moraes


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)