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Estado de Minas ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

CPMI do 8/1: 'Você envergonha esse país', diz Arthur Maia a bolsonarista

George Washington de Oliveira, condenado por tentativa de atentado com um artefato explosivo em dezembro do ano passado, optou por não responder questionamentos


22/06/2023 18:20 - atualizado 22/06/2023 18:23
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George Washington de Oliveira na CPMI
Empresário Bolsonarista ficou em silêncio até para perguntas simples (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
O empresário George Washington de Oliveira, 54 anos, condenado por uma tentativa de atentado ao Aeroporto Internacional de Brasília, optou por permanecer em silêncio na oitiva para a qual foi convocado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8/1.

Diante do silêncio, o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA) disparou: “Você envergonha esse país”.

"Ele não tentou algo contra o agente político que ele combate. Ele tentou, covardemente, de maneira desumana, ceifar a vida de dezenas ou centenas de brasileiros", declarou Maia. "Essa conduta o senhor realizou porque é próprio da natureza de pessoas como o senhor agir dessa maneira canhestra, escondida, falsa, como justamente os vermes se escondem no esgoto", acrescentou.

O deputado frisou que George é um criminoso, e que, portanto, foi convocado como investigado. O parlamentar disse ainda esperar que a lei seja dura com George e com os outros envolvidos no ato. "Sinceramente, o senhor envergonha esse país. O senhor envergonha o Brasil, o senhor envergonha a sociedade brasileira, a sua família. O senhor envergonha a todos", pontuou.

A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), por sua vez, questionou se o depoente poderia mesmo deixar de responder mesmo a perguntas básicas, que não tenham envolvimento com os atos apurados. "Precisamos entender se esse é um silêncio irrestrito, inclusive a perguntas básicas", frisou.

De início, o condenado não respondeu a nenhum questionamento. A relatora havia o questionado a data que chegou a Brasília, e imediatamente ele informou que permaneceria em silêncio. O empresário tem o direito de permanecer calado apenas relacionado ao que o incriminar, conforme informou a advocacia do Senado.
A advogada Rannie Karlla Ramos Lima Monteiro, da defesa de Oliveira, justificou que as perguntas da relatora tinham intenção de conduzir um condão incriminatório ao empresário. Ele não respondeu perguntas sobre os acampamentos em frente ao quartel-general em Brasília, não teceu comentários sobre sua viagem do Pará à Brasília com um arsenal, posteriormente apreendido pela Polícia. Evitou dar detalhes, ainda, sobre a suposta carta que teria escrito ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).

George Washington é condenado pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília na véspera de Natal, no ano passado. Ele foi conduzido para o depoimento com escolta, já que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda.


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