O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ironizar o ataque às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, durante entrevista à Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (23/6). Ele acredita ser uma "exagero" chamar os atos de tentativa de golpe e reclama que o consideram autor intelectual do movimento.
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"sem querer" e que estava sob efeito de remédios.
O ex-presidente também chegou a defender a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar supostas ações e omissões do governo Lula (PT) diante dos atos. No entanto, agora ele vê aliados e ex-ministros sendo convocados para prestar depoimento e uma relatora que não descarta a sua convocação.
Julgamento no TSE
Os posicionamentos antidemocráticos de Bolsonaro também são alvo de um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por uma reunião feita com embaixadores em julho de 2022, quando fez uma série de ataques às urnas eletrônicas e à Justiça Eleitoral. Caso condenado, ele ficará inelegível por 8 anos.
Bolsonaro, ao contrário do que ele diz, terá seus direitos políticos preservados, ou seja, ele poderá participar da vida política do país votando, indo a eventos de outras campanhas e sendo filiado a um partido. Ocorre que ele não poderá ser votado em eleições até 2030.
O julgamento começou nessa quinta-feira (23/6), com a leitura do relatório pelo ministro Benedito Gonçalves, além das declarações de defesa e acusação. O Ministério Público Eleitoral também se manifestou, sendo favorável à inelegibilidade por considerar que existem provas suficientes para a condenação.