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Estado de Minas BANCO CENTRAL

Rogério Marinho sobre PT: 'Eles nunca aceitaram a autonomia do BC'

O senador apontou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer comandar a autarquia


25/06/2023 19:26 - atualizado 25/06/2023 19:27
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Rogério Marinho
Rogério Marinho ataca Lula em defesa da autonomia do Banco Central (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O senador Rogério Marinho (PL), ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL), criticou o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à autonomia do Banco Central. Nas redes sociais, ele fez uma série de publicações em seu perfil do Twitter e destacou manchetes de jornais para apontar que os ataques da esquerda ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, seriam “sede de poder do PT”.
 

Integrantes do governo apontam que Roberto Campos Neto não cumpre uma das funções do órgão, que é o fomento do pleno emprego e o crescimento econômico, ao manter a taxa de juros em 13,75%. 

No entanto, a oposição aponta que o presidente Lula quer comandar a autarquia. “Enquanto Lula ataca o trabalho feito pelo Banco Central, cabe a nós mostrar a verdade e apontar que a motivação não é o patamar dos juros. É a sede de poder do PT. Eles nunca aceitaram a autonomia do BC”, iniciou Rogério Marinho.

Primeiro, ele explicou que em seu ponto de vista, “Lula não aceita perder poder”. O senador separou um trecho de uma matéria do Brazil Journal que diz: “O dia em que Lula (quase) demitiu Meirelles”, se referindo a Henrique Meireles, que comandou o BC durante o governo do petista entre 2003 e 2010. “Ele mente quando diz que Meirelles tinha autonomia nas gestões anteriores. De acordo com livro de João Borges, Meirelles quase foi demitido por preocupação de Lula com eleição”, escreveu o senador.
 
 

Ele continua: “Enquanto um lado do espectro político aceita perder ou dividir poder, pelo bem da estabilidade econômica do país, o outro usa políticos da base para dar mais poder a Lula.”

Rogério Marinho diz que “a inflação atual foi um problema mundial, decorrente de desequilíbrios causados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Os preços subiram como não subiam há décadas. Confira como se comportou a inflação em alguns países desenvolvidos.”
 
 

Ele ainda defendeu que o BC “agiu rápido e elevou os juros antes desses países”. Segundo ele, a inflação desacelerou no Brasil depois disso e os juros subiram até agosto de 2022 e não teve nenhum acréscimo desde então. “Já os demais países seguem correndo atrás”, disse ele.

Para o ex-ministro, a culpa do “escândalo” envolvendo o BC é da esquerda. “Os petistas fazem barulho para abafar o debate técnico e trazer o assunto para a esfera política. Desde o meio do ano passado, as expectativas de inflação caíram e só subiram após as falas desastrosas da transição e no início do governo do PT”, ressalta.
 
 

“Além disso, quem tem memória sabe que os juros praticados por Lula e Dilma foram maiores. Todo o primeiro mandato de Lula 1 se deu com a Selic acima do patamar atual. Já Dilma 2 deixou o governo com a Selic de 14,25%. A média ponderada da Selic durante as gestões petistas é maior”, acrescenta.

O parlamentar ainda fez mais ataques ao presidente: “A verdade é que a meta de inflação para o ano que vem é de 3%, e as expectativas seguem em 4%. Mas Lula prefere continuar pressionando o Banco Central a não fazer seu trabalho, de reduzir expectativas.”
 
 

“Lula deveria fazer o seu trabalho, que é tirar o pé do acelerador dos gastos públicos desenfreados com o novo arcabouço fiscal. Mas a gastança desenfreada se contrapõe à boa política monetária. Lula não quer esse contrapeso. Deseja apenas repetir o que Dilma fez com Tombini”, completou.

Ele aproveitou para criticar também a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao dizer que ela “venceu uma eleição segurando na unha os preços administrados e os juros. O país já estava em recessão, mas com números maquiados. Na semana seguinte à sua eleição, aceitaram apresentar a fatura aos brasileiros”. “Na ocasião, o resultado das políticas retrógradas defendidas e praticadas pelo PT foi a maior recessão da história do Brasil, com explosão do desemprego e uma difícil jornada para estabilização da economia brasileira”, afirmou.
 
 

Por fim, Rogério Marinho ressalta que é papel do Senado Federal arguir em audiências públicas a respeito da condução da política monetária. “Esse é o modelo que se adota nas principais economias avançadas e que o PT deseja desfazer”, pontua.

“Todos nós queremos uma inflação baixa e juros baixos, sejam trabalhadores ou empregadores, pequenos, médios ou grandes empresários. Mas é preciso que a redução dos juros ocorra de forma responsável, não pelo grito de Lula, do governo do PT e de seus aliados”, concluiu.
 
 


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