O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal), apresentou um atestado médico à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro e não irá prestar depoimento nesta segunda-feira (26), como estava marcado.
O atestado foi recebido nesta segunda pela secretaria da CPMI, que informou à presidência da ausência do depoente. Ele era esperado às 14 horas no Senado Federal.
A justificativa médica é de que o coronel estaria com "quadro depressivo".
A sessão deve ser aberta e logo encerrada, informou a assessoria da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI. Ainda não há confirmação se o coronel será convocado novamente para depor. A decisão virá do presidente da CPMI, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).
MORAES HAVIA PERMITIDO SILÊNCIO DE CORONEL NO DEPOIMENTO
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O ministro assegurou que o coronel pudesse ficar em silêncio para questões com potencial de incriminá-lo. Também foi concedida autorização para que o coronel consultasse seus advogados a qualquer momento do depoimento.
Naime Barreto seria ouvido sobre a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília em 12 de dezembro do ano passado —isso porque os fatos a serem considerados têm início desde o fim do segundo turno das eleições. O requerimento para ouvir o coronel é de autoria relatora da CPMI, Eliziane Gama.
O coronel está preso desde fevereiro por suspeita de omissão antes e durante as invasões às sedes dos Três Poderes após ter sido afastado do Departamento Operacional da PM-DF no dia 10 de janeiro.