Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Bolsonaro acha injusto tratar fala a embaixadores como ataque à democracia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ser uma "injustiça falar em ataque à democracia" para descrever a reunião com embaixadores que é o ponto central da ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode levar a sua inelegibilidade por oito anos.





 

Bolsonaro afirmou ainda esperar que seu julgamento no TSE siga a jurisprudência anterior e não aceite novas provas —o PDT, autor da ação, incluiu no processo com aval do tribunal a minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres.

 

O ex-presidente falou com a imprensa após uma reunião com deputados do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta segunda-feira (26). A sessão de julgamento no TSE será retomada nesta terça (27), com o voto do relator, a partir das 19h.

 

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Bolsonaro foi recepcionado na garagem da Alesp pelo presidente da Casa, André do Prado (PL), e por outros deputados estaduais e federais, mas logo foi cercado por um grupo de apoiadoras, que tiraram fotos e gritaram "mito".





 

A ação no TSE começou a ser analisada na quinta-feira (22) e a perspectiva é de que o julgamento só se encerre na próxima quinta (29).

 

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O julgamento foi suspenso após a leitura do relatório do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e as manifestações dos advogados do PDT, autor da ação, e do ex-mandatário.

 

O conteúdo e as circunstâncias da reunião com embaixadores realizada pelo então presidente no ano passado está no centro da ação eleitoral que começou a ser julgada pela Justiça Eleitoral.

 

Na ocasião, a menos de três meses do primeiro turno, Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral. Ele também buscou desacreditar ministros do TSE.

 

De acordo com a atual legislação, caso condenado, ele estará apto a se candidatar novamente em 2030, aos 75 anos, ficando afastado portanto de três eleições até lá (sendo uma delas a nacional de 2026).