O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, terá que comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de habeas corpus, mas permitiu que ele permaneça em silêncio.
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Em arquivos encontrados pela Polícia Federal no celular de Cid, o coronel Jean Lawand Junior aparece suplicando que o ex-presidente desse um golpe de Estado. "Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora”, diz o militar.
As mensagens fazem parte de um relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal. Também integra o relatório um roteiro com o passo a passo para a realização de um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder com o nome "Forças Armadas como poder moderador".