O ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), afirmou à imprensa, nesta segunda-feira (26/6), após uma reunião com deputados do PL em São Paulo que espera ter um julgamento justo, no processo em análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torná-lo inelegível.
“É justo caçar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar (que) atacou a democracia. Aperfeiçoamentos, buscar colocar camadas de proteção, isso é bom para a democracia”, defendeu-se. "Eu já fui multado, no meu CPF, em R$ 20 mil, por causa daquela reunião com embaixadores. O que não podemos aceitar passivamente no Brasil é que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento no sistema eleitoral seja tido como um ataque à democracia".
“É justo caçar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar (que) atacou a democracia. Aperfeiçoamentos, buscar colocar camadas de proteção, isso é bom para a democracia”, defendeu-se. "Eu já fui multado, no meu CPF, em R$ 20 mil, por causa daquela reunião com embaixadores. O que não podemos aceitar passivamente no Brasil é que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento no sistema eleitoral seja tido como um ataque à democracia".
O PDT acusa o ex-presidente de abuso de poder político e dos meios de comunicação por um discurso do dia 18 de julho do ano passado a cerca de 70 embaixadores, atacando o sistema eleitoral, colocando dúvidas sobre as urnas eletrônicas. O discurso foi interpretado como uma campanha antecipada.
O julgamento retorna nesta terça (27), com a leitura dos votos dos ministros.
“A expectativa é de um julgamento justo. Dois dias antes, apenas, conseguimos estender o sigilo da nossa defesa. O advogado, o senhor Tarcísio (Vieira), que já foi ministro do TSE, fez uma defesa muito boa, em cima de fatos. E nós esperamos que siga a jurisprudência de 2017, onde não se aceitou agregar mais nenhuma prova sobre a original”, comentou Bolsonaro.
Tarcísio Vieira atuou na Corte entre 2014 e 2021. Ele foi um dos ministros que votou contra a cassação da chapa Dilma-Temer, em julgamento realizado em 2017. Vieira argumentou que o esquema de corrupção da Petrobras abasteceu partidos, mas que não viu evidências de que os recursos também foram destinados à campanha. O julgamento foi concluído em junho daquele ano e o plenário negou a cassação da chapa por 4 votos a 3.
Ele questionou uma das principais acusações do PSDB: a de que a campanha de Dilma e Temer tenha sido financiada por dinheiro desviado da estatal, doado como propina por empreiteiras contratadas pela Petrobras.
O encontro desta segunda foi fechado, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e contou com parlamentares federais e estaduais do partido. Um dos pontos debatidos durante a reunião foi a participação da legenda nas eleições municipais do ano que vem.