Jornal Estado de Minas

DIPLOMACIA

Lula está 'satisfeito' com chance de BNDES financiar gasoduto na Argentina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, se reuniram na tarde desta segunda-feira (26/6), no Palácio do Planalto. Em seguida, almoçaram no Itamaraty. Em discurso, o chefe do Executivo brasileiro se disse "muito satisfeito" com as "perspectivas" de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do gasoduto Néstor Kirchner, saindo de Vaca Muerta, em Neuquén, no norte da Patagônia.





Lula ainda citou a adoção do que chamou de “um ambicioso plano de ação para o relançamento da aliança estratégica”. “São quase 100 ações que dão concretude ao nosso projeto conjunto de desenvolvimento. Fico muito satisfeito com as perspectivas positivas de financiamento do BNDES à exportação de produtos para a construção do Gasoduto Presidente Néstor Kirchner”.

Em relação a exportações, o presidente ainda falou que “não faz sentido que o Brasil perca espaço no mercado argentino para outros países porque esses oferecem crédito e nós não”. E citou a criação de uma linha de crédito.

“Estamos trabalhando na criação de uma linha de financiamento abrangente das exportações brasileiras para a Argentina. Não faz sentido que o Brasil perca espaço no mercado argentino para outros países porque esses oferecem crédito e nós não. Todo mundo tem a ganhar: as empresas e os trabalhadores brasileiros e os consumidores argentinos”, disse.




Por fim, o presidente citou o “passado de autoritarismo” na Argentina, lembrou a morte no final do ano passado de Hebe de Bonafini, fundadora da associação Mães da Praça de Maio e pregou pela proteção dos direitos humanos.

“Nossas jovens democracias conseguiram, através da luta de militantes políticos, movimentos sociais, estudantis e sindicais, superar um passado de autoritarismo. Recordo a querida Hebe de Bonafini, que nos deixou no último ano. Que seu exemplo siga nos inspirando a promover e proteger os direitos humanos. Diante do muito que nossos países alcançaram juntos, não tenho dúvida de que os próximos anos serão de muita prosperidade”, concluiu.