O coronel da reserva Adriano Camargo Testoni virou réu nesta terça-feira (27/6) na Justiça Militar por gravar vídeos com xingamentos a generais e integrantes do Alto Comando do Exército durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
A denúncia contra Testoni foi aceita pela juíza federal Flávia Ximenes Aguiar de Sousa, da Justiça Militar da União.
O coronel foi o primeiro indiciado pelo Exército após os atos de 8 de janeiro. A conclusão da Força foi de que o militar da reserva havia cometido dois crimes militares ao divulgar vídeos com ataques a generais e ao Alto Comando.
O primeiro é o crime de injúria. Há ainda o agravamento pelo fato de os xingamentos terem sido proferidos contra oficiais-generais, ou seja, superiores hierarquicamente.
O segundo é o crime de ofensa às Forças Armadas, caracterizado por "propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público".
Somadas, as penas podem ser de um ano e oito meses de prisão.
A juíza federal definiu o dia 18 de julho para depoimento das testemunhas e da defesa.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, Testoni enviou os vídeos com as ofensas aos generais em grupos e WhatsApp que participava com colegas de turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) formada em 1987.
"Bando de generais filhos da puta. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. [Ex-comandante] Freire Gomes, filho da puta. Alto Comando do caralho. Olha o povo, minha esposa", disse o coronel na gravação."Forças Armadas, filha da puta. Bando de generais filhas da puta. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Esse nosso Exército é uma merda, que vergonha. Que vergonha de vocês, militares, companheiros de turma, vão tudo tomar no cu", completou.
No dia seguinte à invasão às sedes dos Poderes, Testoni gravou novo vídeo para pedir desculpas aos colegas.
"Não invadimos nada, fomos contra a violência. Estávamos errados, no local errado. Mas se você vê um parente, uma pessoa que você ama [ficar] ferida, sem conseguir enxergar ou respirar. A emoção tomou conta", disse.
O coronel trabalhava no Hospital das Forças Armadas com contrato de Tarefa por Tempo Certo -- tipo de contratação utilizado no Ministério da Defesa, Exército, Marinha e Aeronáutica para geralmente empregar militares da reserva ou reformados para funções temporárias e específicas.
Após a repercussão do caso, Testoni foi demitido do cargo. Ele ainda recebe, no entanto, R$ 25 mil brutos como aposentadoria.
A denúncia contra Testoni foi aceita pela juíza federal Flávia Ximenes Aguiar de Sousa, da Justiça Militar da União.
O coronel foi o primeiro indiciado pelo Exército após os atos de 8 de janeiro. A conclusão da Força foi de que o militar da reserva havia cometido dois crimes militares ao divulgar vídeos com ataques a generais e ao Alto Comando.
O primeiro é o crime de injúria. Há ainda o agravamento pelo fato de os xingamentos terem sido proferidos contra oficiais-generais, ou seja, superiores hierarquicamente.
O segundo é o crime de ofensa às Forças Armadas, caracterizado por "propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público".
Somadas, as penas podem ser de um ano e oito meses de prisão.
A juíza federal definiu o dia 18 de julho para depoimento das testemunhas e da defesa.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, Testoni enviou os vídeos com as ofensas aos generais em grupos e WhatsApp que participava com colegas de turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) formada em 1987.
"Bando de generais filhos da puta. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. [Ex-comandante] Freire Gomes, filho da puta. Alto Comando do caralho. Olha o povo, minha esposa", disse o coronel na gravação."Forças Armadas, filha da puta. Bando de generais filhas da puta. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Esse nosso Exército é uma merda, que vergonha. Que vergonha de vocês, militares, companheiros de turma, vão tudo tomar no cu", completou.
No dia seguinte à invasão às sedes dos Poderes, Testoni gravou novo vídeo para pedir desculpas aos colegas.
"Não invadimos nada, fomos contra a violência. Estávamos errados, no local errado. Mas se você vê um parente, uma pessoa que você ama [ficar] ferida, sem conseguir enxergar ou respirar. A emoção tomou conta", disse.
O coronel trabalhava no Hospital das Forças Armadas com contrato de Tarefa por Tempo Certo -- tipo de contratação utilizado no Ministério da Defesa, Exército, Marinha e Aeronáutica para geralmente empregar militares da reserva ou reformados para funções temporárias e específicas.
Após a repercussão do caso, Testoni foi demitido do cargo. Ele ainda recebe, no entanto, R$ 25 mil brutos como aposentadoria.