O coronel do Exército Jean Lawand Júnior, segundo depoente da semana na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8/1, compareceu ao colegiado com terno. O motivo de não depor vestindo farda foi questionado pela senadora Soraya Thronicke (Pode-MS). “Gostaria de questionar ao depoente, que é um militar da ativa, por que não está fardado aqui hoje”, disse Soraya.
O coronel, que aparece em troca de mensagens com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro Mauro Cid, afirmou que optou por não usar a vestimenta oficial do Exército por livre e espontânea vontade.
O coronel, que aparece em troca de mensagens com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro Mauro Cid, afirmou que optou por não usar a vestimenta oficial do Exército por livre e espontânea vontade.
No entanto, apuração do jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, revelou que o comando do Exército determinou que o coronel não fosse fardado ao depoimento. Segundo assessores do comandante Tomás Vieira Paiva, as ações do coronel "não representam" o Exército.
Ao Correio, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que "não houve uma orientação específica do Exército Brasileiro a respeito do traje com o qual o Coronel Jean Lawand Jr deveria comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Essa decisão coube exclusivamente ao citado militar".
Na segunda-feira (26/6), a CPMI ouviu o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime, que compareceu ao colegiado com a farda utilizada na PMDF — apesar de estar preso na Academia Militar desde fevereiro deste ano.