Em seu voto, ministro Benedito Gonçalves, relator da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investiga as atitudes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na reunião com embaixadores realizada em julho de 2022, afirmou que o político é "integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual" do encontro.
Nesta terça-feira (27/6), o TSE retomou o julgamento que pode deixar o político inelegível até 2030. Eles debatem os ataques do presidente às urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do Brasil, sem apresentar quaisquer provas de suas acusações, para representantes estrangeiros.
Ele responde por abuso de poder político e por uso indevido dos meios de comunicação. Além de a reunião ter sido realizada em prédio público, o que é proibido, ela foi transmitida pela TV pública. A denúncia foi feita ao TSE pelo PDT.
O partido que moveu a ação pediu que o documento encontrado pela Polícia Federal (PF) na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que citava um plano para instaurar um estado de sítio no Brasil, com a intenção de reverter a derrota do parlamentar na eleição, fosse incluído.
A defesa do ex-presidente pediu que o documento, conhecido como minuta do golpe, não seja considerado prova no julgamento.
O relator foi favorável à inclusão do documento como prova.