Com a possível inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2030, os parlamentares do núcleo do Centrão já defendem que os governadores de São Paulo e Minas Gerais, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo), se unam para disputar as eleições presidenciais de 2026.
Segundo a jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, os líderes consideram a chapa de governadores em contraponto a uma possível união de Michelle Bolsonaro e Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura. A chapa feminina estaria sendo considerada dentro do núcleo bolsonarista, principalmente entre as pessoas mais próximas ao ex-presidente.
Por outro lado, a maior possibilidade é de que a ex-primeira-dama concorra ao Senado pelo Distrito Federal (DF), e o próprio Bolsonaro considera Michelle inexperiente para o cargo máximo do Executivo, mesmo sendo um “excelente cabo eleitoral”.
Já para uma possível candidatura de Tarcísio ao Planalto, também seria necessário convencê-lo a não concorrer à reeleição ao Governo de São Paulo. O capital político deixado por Bolsonaro com a inelegibilidade deve ser alvo de disputa entre os nomes que foram próximos a ele durante os quatro anos de mandato, com o ex-presidente sendo um possível cabo eleitoral.
Em relação a Romeu Zema, um dos líderes do Centrão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas (PP), já afirmou que seria um sonho ter o governador filiado ao PP. Ele também considera o mineiro para a presidência, mas afirma que Bolsonaro será decisivo na escolha do seu “sucessor”.
O julgamento do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será retomado na manhã desta quinta-feira (29/6). Até o momento, só Benedito Gonçalves, relator do caso, se manifestou e votou pela condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos.