Walter Delgatti Netto, o hacker da Vaza Jato, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (28/6) por ter descumprido medidas judiciais.
Após o vazamento de conversas entre juízes e procuradores da Operação Lava-Jato e políticos no aplicativo Telegram, ele foi preso em julho de 2019 na Operação Soofing, que visava uma organização que atuava em "crimes cibernéticos".
O hacker assumiu ter enviado as informações ao site The Intercept Brasil, alegou que o conteúdo não foi alterado e que não recebeu dinheiro para isso.
Em 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) questionava a segurança do processo eleitoral brasileiro, ele se reuniu com Delgatti para saber sua opinião sobre a possibilidade de as urnas eletrônicas serem fraudadas.
Delgatti afirmou, no início deste ano, que estava trabalhando como socialmedia da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). E que o salário, de R$ 6 mil, estaria atrasado.
Também assumiu que tentou grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na época do encontro com Bolsonaro.
Ele voltou a ser preso por ter usado a internet, mesmo proibido, e também teria mudado de endereço sem comunicar a Justiça. A nova prisão foi decretada pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília.