O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu por manter a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid vai depor na Polícia Federal novamente nesta sexta-feira (30/6)
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Mauro Cid também tem depoimento marcado para a próxima terça-feira (4/7) na CPMI do 8 de janeiro, que investiga os ataques às sedes dos três Poderes. Segundo a decisão de Moraes, a libertação de Cid poderia prejudicar as investigações sobre o caso.
"Em liberdade poderiam obstar a produção probatória, em especial, em face da possibilidade de destruição/ocultação de provas, bem como com eventual comunicação com outros investigações que surgiram ao longo da produção probatória realizada pela Polícia Federal", escreveu Moraes.
O ministro também argumenta que a necessidade de novos depoimentos e a análise do conteúdo apreendido revelam a permanência da necessidade e da adequação das prisões preventivas decretadas. Além disso, Moraes afirma que medidas cautelares diversas da prisão "não se revelariam suficientes para preservar a higidez da colheita dos elementos de prova necessários à elucidação dos fatos".