O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, chamou a decisão de tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível de "injustiça". Ao comentar a condenação, Valdemar disse irá "trabalhar dobrado" para mostrar sua "lealdade" ao ex-presidente.
O presidente do PL ainda disse que Bolsonaro é o maior "líder popular desde a redemocratização". Fora das eleições, a expectativa agora é que Bolsonaro se torne cabo eleitoral para as eleições municipais de 2024.
Não tem como acreditar no que está acontecendo: a primeira vez na história da humanidade que um ex-presidente perde os direitos políticos por falar.
%u2014 Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) June 30, 2023
Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao Presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de...
"Não tem como acreditar no que está acontecendo: a primeira vez na história da humanidade que um ex-presidente perde os direitos políticos por falar", escreveu Valdemar em suas redes.
"Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação. E o resultado disso será registrado nas eleições de 2024 e 2026. Mais do que nunca, o Brasil precisa de força. É hora de superação. Bolsonaro é o maior líder popular desde a redemocratização e vai continuar sendo", completou.
Ação no TSE
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi julgado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em votação encerrada nesta sexta-feira (30/6). Votaram pela condenação por abuso de poder político os ministros Benedito Gonçalves, Floriano Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Raul Araújo e Nunes Marques votaram pela absolvição.
Bolsonaro respondeu por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Devido à reunião com embaixadores realizada em julho de 2022 na qual afirmou, sem apresentar qualquer evidência, que as urnas eletrônicas não eram confiáveis e questionou ainda a lisura das eleições brasileiras.
Apesar de ainda poder recorrer da decisão ao TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que sua defesa já indicou que deve fazer, Bolsonaro não pode concorrer a um cargo nas três próximas eleições, as municipais de 2024 e 2028 e as estaduais e nacionais de 2026.