Os ministros do governo Lula se manifestaram sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Em tons de ironia ou comemoração, os ministros do governo, de modo geral, disseram que a decisão é justa e destacaram que o ex-presidente ainda tem responsabilidades a "pagar".
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Por que Bolsonaro ficou inelegível?Zambelli sobre decisão do TSE: 'Semeadura de Bolsonaro não desaparecerá'Dino sobre decisão do TSE: 'Prova a perpetração de ataques abusivos'Copa do Mundo: Lula visitará Seleção Brasileira feminina no Mané Garrincha Fora do jogo: Bolsonaro reage a decisão que o tira das eleições até 2030Nikolas sobre condenação de Bolsonaro: 'Vence o sistema'Michelle sobre a condenação de Bolsonaro: 'Estou às suas ordens, capitão'"Decisão do TSE prova a perpetração de ataques abusivos ao Sistema de Justiça e à ordem jurídica. Por isso, enviarei requerimento à AGU visando análise de ação de indenização pelos danos causados ao Poder Judiciário da União e à sociedade, em face da conduta do Sr. Bolsonaro", escreveu Dino em suas redes sociais.
Dino também destacou que o julgamento passa dois ensinamentos: "Mentir não é ferramenta legítima para o exercício de uma função pública. Política não é regida pela 'ei da selva', em que o mais forte tudo pode. A democracia venceu o mais duro teste de estresse das últimas décadas".
Já o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro não é sobre as eleições de 2026, mas sim sobre os ataques à democracia do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na sequência, Padilha declarou que a decisão é um "primeiro passo na direção da responsabilização pelos crimes em série cometidos por Bolsonaro e pela organização criminosa que ele chefia".
"É um primeiro passo na direção da responsabilização pelos crimes em série cometidos por Bolsonaro e pela organização criminosa que ele chefia. Ainda há muito o que ser apurado e punido, mas vamos em frente na nossa missão de unir e reconstruir o Brasil - e melhorar a vida das pessoas", comentou Padilha, em suas redes sociais.
Em um tom mais descontraído, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a decisão do TSE. "Eu fico triste com uma notícia dessas", disse a ministra ironizando. "Grande dia", completou, referenciando a um dos bordões do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para ela, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro é "só o começo da responsabilização de quem tripudiou" do povo brasileiro.
"Vidas perdidas, ataques à democracia, mentiras, desvio de função. Que esse seja só o começo da responsabilização de quem, por quatro anos, tripudiou do nosso povo de tantas formas. Nós merecemos um país do respeito. Vamos seguir trabalhando pra não retroceder nunca mais", comentou.
Para o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a decisão do TSE é uma "justiça". "A justiça foi feita! O belzebu desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a Justiça brasileira para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!", disparou.
Também em tom de ironia, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse que "isso é o que podemos chamar de grande dia".
"Bolsonaro oficialmente inelegível pelos próximos oito anos. Recado importante da Justiça e democracia: não haverá mais espaço para discursos de ódio, preconceito e desrespeito. Cometeu crime, tem que pagar, não importa quem seja", comentou.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou os ataques que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez aos povos indígenas e disse que a inelegibilidade é "um importante passo rumo à reparação".
"Foram quatro anos de perseguições, crimes e ódio contra os povos indígenas. A inelegibilidade de Bolsonaro é um importante passo rumo à reparação. Ele deve ser responsabilizado pelos inúmeros crimes cometidos contra nosso povo. Continuaremos firmes pelos direitos indígenas", pontuou.