O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (30/6) para autorizar que Minas Gerais possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que permite renegociar a dívida do estado com a União, sem precisar de aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O governo mineiro tinha até esta sexta para aderir ao programa.
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Em seu voto, Nunes Marques alega que a não deliberação dos projetos de lei pela Assembleia ocorre por um "bloqueio institucional estabelecido entre os Poderes Legislativo e Executivo em relação ao tema" e que essa ação impede a adoção das "providências necessárias". Por isso, "é necessário suprir a omissão legislativa que tem inviabilizado o relacionamento dos dois poderes estaduais", o que autoriza que o Executivo possa aderir ao RRF por meio de ato normativo editado pelo próprio governo estadual.
Mais cedo, ainda sem a confirmação da decisão do STF, o governo de Minas Gerais informou, por meio de nota, que "adotará medidas judiciais para buscar manter sua adesão ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal. A medida (...) visa proteger o Estado contra o colapso das contas públicas" e que, caso tivesse que pagar o valor para a União imediatamente, "inviabilizaria não só o reajuste dos servidores da Educação, mas também os estudos para recomposição geral, ameaçando até mesmo a manutenção do pagamento em dia a servidores e fornecedores".