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Estado de Minas RRF

Governo Zema poderá aderir ao RRF sem passar pela Assembleia, decide STF

Ministros seguiram voto do relator Nunes Marques, que deliberou pela adesão ao regime de recuperação fiscal sem a necessidade de aprovação pela ALMG


30/06/2023 19:50 - atualizado 01/07/2023 12:01
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Plenário do STF
Em seu voto, Nunes Marques alega que a não deliberação dos projetos de lei pela Assembleia ocorre por um "bloqueio institucional estabelecido entre os Poderes Legislativo e Executivo em relação ao tema" (foto: Rosinei Coutinho/STF)
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (30/6) para autorizar que Minas Gerais possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que permite renegociar a dívida do estado com a União, sem precisar de aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O governo mineiro tinha até esta sexta para aderir ao programa.  
 
Entre os dez ministros, os sete que votaram até o momento acompanharam o voto favorável do relator, o ministro Nunes Marques, à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) proposta pelo governo mineiro, após o Legislativo não ter pautado a adesão de Minas ao regime em 2019.


Além do relator, os ministros Fachin, Toffoli, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, André Mendonça e Cármen Lúcia apoiaram. Ainda devem votar, mas sem poder de alterar a decisão, os ministros Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. O ministro Ricardo Lewandowski, que completaria o Tribunal, se aposentou neste semestre e será substituído por Cristiano Zanin, que assume em agosto e por isso não participou da votação.

Em seu voto, Nunes Marques alega que a não deliberação dos projetos de lei pela Assembleia ocorre por um "bloqueio institucional estabelecido entre os Poderes Legislativo e Executivo em relação ao tema" e que essa ação impede a adoção das "providências necessárias". Por isso, "é necessário suprir a omissão legislativa que tem inviabilizado o relacionamento dos dois poderes estaduais", o que autoriza que o Executivo possa aderir ao RRF por meio de ato normativo editado pelo próprio governo estadual.
 
Mais cedo, ainda sem a confirmação da decisão do STF, o governo de Minas Gerais informou, por meio de nota, que "adotará medidas judiciais para buscar manter sua adesão ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal. A medida (...) visa proteger o Estado contra o colapso das contas públicas" e que, caso tivesse que pagar o valor para a União imediatamente, "inviabilizaria não só o reajuste dos servidores da Educação, mas também os estudos para recomposição geral, ameaçando até mesmo a manutenção do pagamento em dia a servidores e fornecedores". 


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