O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, quebrou o silêncio em um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na sexta-feira (30/6). Apesar de ter falado com os investigadores, o militar afirmou que não acreditava em um golpe de estado, mesmo com as mensagens e documentos encontrados em seu celular indicando o contrário. A informação é dos jornalistas Márcio Falcão e Isabela Camargo, para a TV Globo.
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A PF avalia que a atuação de Cid foi, possivelmente, um elemento que contribuiu para os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes. No celular do militar já foram encontrados documentos para a declaração de um estado de sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele também conversava com outros militares sobre a possibilidade de um golpe.
Mauro Cid também tem depoimento marcado para a próxima terça-feira (4/7) na CPMI do 8 de janeiro, na Câmara dos Deputados. O investigado tem o direito de ficar em silêncio garantido pela ministra do STF, Cármen Lúcia.