O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence, neste domingo (2/7). O magistrado morreu, aos 85 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Em 2018, ele chegou a atuar na defesa de Lula, no caso da Operação Lava-Jato.
"Foi um dos maiores juristas da história do Brasil. Sempre atuou pela defesa da democracia e pelo Estado de Direito, como advogado e também como ministro do Supremo Tribunal Federal. Por isso, era respeitado por todos", afirmou Lula.
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Trajetória
Nascido em Sabará, Minas Gerais, o magistrado foi nomeado para o STF em 1989, no governo do ex-presidente José Sarney. No ano seguinte, ele foi indicado para Juiz Substituto do Tribunal Superior Eleitoral. Em 1991 tornou-se juiz efetivo do TSE, assumiu a vice-presidência e, de junho de 1993 a novembro de 1994, exerceu a presidência da Corte Eleitoral.
Ele tornou-se Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, em 1960. E, 1962 a 1965, na participou como auxiliar docente dos cursos de Introdução à Ciência do Direito, Direito Constitucional e Direito Penal, na Universidade de Brasília.
Sepúlveda também já exerceu o cargo de Procurador-Geral da República, sendo nomeado em março de 1985. Já em 2007, ele foi indicado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para exercer a função de membro da Comissão de Ética Pública, com mandato de três anos. Sepúlveda se aposentou em 2007. Ele deixa três filhos: Pedro Paulo, Evandro Luiz e Eduardo José Castello Branco Pertence.