(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas JUSTIÇA ELEITORAL

Processo do TCU pode estender inelegibilidade de Bolsonaro até 2031

Tribunal de contas irá averiguar valores gastos em reunião com embaixadores que tirou ex-presidente da disputa eleitoral por 8 anos


03/07/2023 10:59 - atualizado 03/07/2023 12:34
440

Jair Bolsonaro com as mãos na cabeça olhando para baixo
TSE decidiu pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030 (foto: Silvio Avila/AFP)


Após decisão de tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e, caso seja condenado, estabelece que o ex-presidente fique inelegível por oito anos. Bolsonaro divulgou informações falsas a fim de descredibilizar o sistema eleitoral brasilero durante evento com embaixadores em julho de 2022.

Diferentemente da decisão do STF, cuja pena começa a contar a partir do primeiro turno da última eleição, a decisão do TCU tem início no momento da decisão, ou seja, estende a inelegibilidade do ex-presidente até 2031.
 
Com a atual decisão da justiça eleitoral, Bolsonaro poderia concorrer nas eleições presidenciais de 2030, uma vez que o primeiro turno ocorrerá quatro dias após o fim da punição do ex-presidente. Entretanto, caso seja condenado pelo TCU, ele só estaria apto a concorrer nas eleições municipais de 2032, que escolherá vereadores e prefeitos. 
O processo a ser analisado tem como base a Lei da Ficha Limpa, que estabelece: "os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição".

Ressarcimento da reunião com embaixadores

A reunião na qual Bolsonaro se reuniu com embaixadores também é alvo do Ministério Público (MP), que pediu ao TCU que faça o levantamento do valor gasto em verba pública nesse evento. Após análise, o tribunal de contas poderá pedir ao ex-presidente que faça o ressarcimento dos valores. 
Entre os gastos estão pagamentos para servidores do cerimonial da Presidência, técnicos de informática, de som, iluminação, intérpretes de libras, intérpretes de idiomas e equipamentos para tradução simultânea.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)