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Estado de Minas ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Bolsonaro sobre 8/1: 'Quem fez quebra-quebra não foi nosso pessoal'

Ex-presidente também destacou que deu todas as condições para que o governo Lula assumisse de forma 'tranquila'


03/07/2023 13:40 - atualizado 03/07/2023 13:53
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Bolsonaristas entrando no congresso
Bolsonaro afirmou que os protestos em frente aos quartéis eram legítimos e pacíficos (foto: Evaristo Sa/AFP)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista ao Programa Pânico, nesta segunda-feira (3/7), que não teve culpa nos ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro e quem praticou o vandalismo não eram seus apoiadores. Ele cita afirmações do ministro da Defesa, José Múcio.

“Quem fez quebra-quebra não foi nosso pessoal. O próprio ministro da Defesa, José Múcio, falou que não houve uma figura central no 8 de janeiro e quem fez a baderna não foi aquele pessoal que estava acampado, palavras do ministro”, disse.

Perguntado sobre seu sumiço após a derrota nas eleições de 2022, ele diz que “o silêncio fala mais alto”. “Foi um choque para muita gente o resultado das eleições. O pessoal foi protestar de forma legítima e pacífica como sempre fizeram. Começaram a achar a porta dos quartéis para reclamar a falta de transparência e segurança”, afirma.

O ex-presidente ainda afirma que deu todas as condições para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizesse uma transição “tranquila”, e que orientava seus apoiadores a não partir para a violência.

CPMI do 8/1

Os atos antidemocráticos tiveram como consequência, além da prisão de vários envolvidos, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. Enquanto o núcleo Bolsonarista pressionou para a instalação do colegiado, eles amargam a minoria na composição e veem aliados do ex-presidente serem convocados para depor.

“A dificuldade que o pessoal tá tendo no Parlamento é que passou a ser minoria em uma CPMI, apesar de ser um instrumento da oposição. A maioria que toma conta é pró-governo”, disse Bolsonaro.

Inelegibilidade

Na última sexta-feira (30/6), Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um julgamento que teve placar de 5 a 2. O ex-presidente foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, devido a uma reunião com embaixadores realizada em julho de 2022 no Palácio da Alvorada, onde fez uma série de ataques e compartilhou informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

O encontro com autoridades internacionais foi transmitido pela emissora TV Brasil, da estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e compartilhado nas redes sociais de Bolsonaro. Com a decisão, ele ficará fora das próximas três eleições (2024, 2026 e 2028).


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