O ex-presidente foi questionado sobre eventual apoio à sua mulher, Michelle, ou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro argumentou que nenhum nome tem capilaridade nacional. "Não tem nenhum nome ainda com conhecimento do Brasil todo para fazer o que eu fiz ao longo dos quatro anos. Bons nomes apareceram, mas não tem ainda esse carimbo para falar para o Brasil todo: 'Estamos juntos para 2026'".
O ex-presidente também criticou quem diz que a direita está dividida. "A direita está unida e a direita tem conhecimento do que aconteceu ao longo dos quatro anos e aprendeu muita coisa, e a direita não errou. Esse pessoal do 8 de janeiro, quem fez esse quebra-quebra não foi o nosso pessoal".
Bolsonaro disse que só poderia ser preso em caso de arbitrariedade. Ele ainda criticou a prisão de três aliados: Mauro Cid, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro. "Preso por quê? Só se for na base da arbitrariedade, o que não é novidade aqui no Brasil".
Questionado sobre a disputa pela prefeitura de São Paulo, Bolsonaro disse que não apareceu um nome forte do bolsonarismo e a tendência é apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). O ex-presidente afirmou que "puxou o freio" no apoio ao seu ex-ministro Ricardo Salles após o atual deputado criticá-lo.
Bolsonaro inelegível
O TSE decidiu, no dia 30 de junho, tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, a contar das eleições de 2022. O placar ficou em 5 a 2 contra o ex-presidente - os ministros Kassio Nunes Marques e Raul Araújo votaram contra a inelegibilidade.
A decisão do TSE faz com que Bolsonaro não possa disputar as eleições de 2024, 2026 e 2028 - duas municipais e uma presidencial. Bolsonaro estará autorizado a se candidatar a partir das eleições de 2030.
Para reverter a decisão, só com uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). A Lei Complementar número 64, de 1990, prevê a possibilidade de concessão de uma medida cautelar. A defesa de Bolsonaro diz que aguarda as íntegras dos votos para recorrer.