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Estado de Minas CÚPULA DO MERCOSUL

Lula assume presidência do Mercosul nesta terça-feira (4/7)

Presidente defendeu a integração dos países membros para que bloco apresente uma resposta 'rápida e contundente' à União Europeia


04/07/2023 12:23 - atualizado 04/07/2023 15:07
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência do Mercosul nesta terça-feira (4/7). Em seu discurso, ele voltou a defender a questão ambiental e criticar os impasses nos acordos com a União Europeia (UE).

“É preciso atuar coordenadamente na proteção de nossos biomas e na transição ecológica justa. Diante das guerras que trazem destruição, sofrimento e empobrecimento, cumpre falar da paz. Em um mundo cada vez mais pautado pela competição geopolítica, nossa opção regional deve ser a cooperação e a solidariedade”, disse Lula.

A cúpula é realizada em Puerto Iguazú, na Argentina. A presidência do bloco funciona de forma rotativa, por seis meses, entre os membros titulares: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. 

Lula de terno preto e camisa branca falando ao microfone
Lula discursou na Cúpula do Mercosul esta manhã e defendeu a união entre os países membros (foto: Reprodução/TV BRaisl)
Lula criticou que nos últimos anos o Brasil deixou de lado o “valioso espaço que é a Cúpula Social do Mercosul” e reforçou a importância de movimentos sociais para a transparência e legitimidade do bloco. O presidente também defendeu a adoção de uma moeda comum para o comércio regional com o objetivo de diminuir impactos do dólar nos países da América do Sul

"A adoção de uma moeda comum para realizar operações de compensação entre nossos países contribuirá para reduzir custos e facilitar ainda mais a convergência", disse. "Falo de uma moeda de referência específica para o comércio regional, que não eliminará as respectivas moedas nacionais", completou.

Acordo com a União Europeia

Desde o início de seu mandato, o presidente Lula se diz comprometido com a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Entretanto, uma das imposições da UE que trava o prosseguimento das negociações é a ameaça de sanções caso o Brasil não cumpra acordos de preservação ambiental.
 
"O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente", afirmou Lula.

Durante a live “Conversa com o presidente” desta terça-feira (4/7), Lula afirmou que não aceitará "imposições" e que não quer uma "política em que eles ganhem e a gente perca". Segundo o presidente, não há interesse em acordos que condenem o Mercosul ao eterno papel de exportadores de matérias-primas, minérios e petróleo.


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