A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-SP), presidente nacional do PT, rebateu as críticas feitas por Jair Bolsonaro (PL) ao texto da reforma tributária, nesta terça-feira (4/7), que deve ser votado na Câmara ainda nesta semana. “Pra variar, conta mentiras”, diz a parlamentar.
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Gleisi afirma que a pior herança de Bolsonaro foi uma bagunça fiscal que os parlamentares estão trabalhando para corrigir e rebate as críticas do político. “Alô, Inelegível, não tem aumento de impostos da cesta básica na proposta. Tem isenção de tributos municipais, estaduais e federais para produtos in natura, e redução de ao menos 50% nos demais produtos da cesta”, disse.
O que é a reforma tributária
Em termos gerais, a reforma tributária vai eliminar cinco impostos que serão substituídos por um único com ramificações federais e estaduais. Gerido pela união será a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e outra gerida pelos estados e municípios, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Os cinco impostos e contribuições extintos serão:
- Imposto sobre Produtos industrializados (IPI), federal
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), estadual
- Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), municipal
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
- Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep)
O fim de certos impostos estaduais e municipais é uma crítica dos opositores à reforma. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por exemplo, chegou a dizer que a proposta “fere o pacto federativo”. A reforma tributária também estabelece o Imposto Seletivo (IS), uma sobretaxa sobre produtos e serviços que prejudiquem a saúde ou o meio ambiente.
Por afetar a capacidade tributária dos estados e impactar diferentes setores do consumo, a proposta cria ferramentas de compensação, como uma espécie de Cashback.