Jornal Estado de Minas

REFORMA TRIBUTÁRIA

Haddad diz mirar ampla margem na aprovação da reforma tributária



O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta quarta-feira (5) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mira aprovar a reforma tributária com "ampla margem" na Câmara dos Deputados.


O objetivo, segundo o titular da pasta econômica, é dar um recado de que esse é um "projeto de país".





"Nossa atuação tem sido técnica, na condição de dar ao relator as melhores condições e incorporar eventuais mudanças no texto para que seja aprovado com ampla margem", afirmou.


"Não estamos aqui mirando número de votos para aprovar. Queremos superar o número mínimo para passar a ideia, tanto quanto aconteceu com o marco fiscal, que é um projeto de país que está em curso", acrescentou.


Por se tratar de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), a matéria precisa do voto favorável de 308 deputados em dois turnos no plenário da Câmara dos Deputados para ser aprovada e seguir para o Senado. 





As declarações foram dadas pelo ministro ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após reunião na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.

 


Tarcísio vinha defendendo a necessidade de revisão do texto da reforma tributária, sobretudo no que diz respeito à criação de um conselho federativo, com gestão compartilhada por estados, Distrito Federal e municípios, que centralizaria a arrecadação do novo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).


Segundo Haddad, o governador fez várias ponderações sobre o texto durante o encontro, embora tenha manifestado apoio à reforma. 

"Primeiro manifestou apoio à reforma, como sempre fez, mesmo sabendo que São Paulo terá um desafio de curto prazo, sobretudo, e que está disposto a enfrentar, colocando os interesses nacionais acima de questões regionais e partidárias", disse.


" trouxe à nossa consideração alguns pontos que já são de conhecimento público para nossa ponderação", acrescentou.