O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante discurso na 17ª Conferência Nacional de Saúde, nesta quarta-feira (5/7). A pasta tem sido pleiteada por líderes do Centrão como uma moeda de troca para que o governo conquiste mais apoio no Congresso Nacional e, por consequência, tenha mais facilidade em aprovar matérias de interesse.
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Nísia não é política de carreira nem filiada em algum partido. Na verdade, sua proximidade com a saúde foi o que rendeu sua nomeação. A ministra foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Eu descobri uma companheira que não é médica, que é cientista política, e que dirigiu com maestria a Fiocruz por seis anos. Foi lá que eu fui buscar essa mulher para dirigir a saúde desse país”, disse Lula durante evento em maio.
A manutenção de um nome técnico na pasta é um dos principais motivos que ajudam Lula a resistir às pressões do Centrão, isso porque sua base de apoio considera que a gestão do Ministério da Saúde durante a pandemia de COVID-19 foi desastrosa, principalmente sob gestão do general Eduardo Pazuello.
“Depois da pandemia, não existe brasileiro ou brasileira que não reconheça que graças ao SUS e aos profissionais de saúde, não chegamos a 1 milhão de mortos ou mais. E as 700 mil vidas que se perderam, também foram pelo negacionismo, pela falta de vacina e má gestão do antigo governo”, disse o petista que voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).