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Estado de Minas ARTICULAÇÃO

Lula defende Nísia Trindade: 'Ministério da Saúde é do nosso governo'

Presidente sofre pressão para trocar a ministra da Saúde por um nome do Centrão, mas resiste e defende a gestora


05/07/2023 13:36 - atualizado 05/07/2023 13:48
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante discurso na 17ª Conferência Nacional de Saúde, nesta quarta-feira (5/7). A pasta tem sido pleiteada por líderes do Centrão como uma moeda de troca para que o governo conquiste mais apoio no Congresso Nacional e, por consequência, tenha mais facilidade em aprovar matérias de interesse.

O Ministério da Saúde figura entre os que possuem maior orçamento na Esplanada dos Ministérios, além de ter maior capacidade de absorver políticos em cargos, devido ao número de superintendências espalhadas pelo Brasil, e a visibilidade que a área ganhou nos últimos anos. Apesar das pressões para trocar a chefe da pasta, Lula resiste e insiste em manter um nome técnico.

O Ministério da Saúde é do nosso governo. Tenho certeza que poucas vezes tivemos a chance que temos hoje, de ter uma mulher com a qualidade da Nísia Trindade para cuidar do povo”, disse o presidente.

Nísia não é política de carreira nem filiada em algum partido. Na verdade, sua proximidade com a saúde foi o que rendeu sua nomeação. A ministra foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Eu descobri uma companheira que não é médica, que é cientista política, e que dirigiu com maestria a Fiocruz por seis anos. Foi lá que eu fui buscar essa mulher para dirigir a saúde desse país”, disse Lula durante evento em maio.
Nísia Trindade e Lula
Centrão quer o ministério pela capacidade em distribuir cargos para aliados (foto: Ricardo Stuckert/PR)

A manutenção de um nome técnico na pasta é um dos principais motivos que ajudam Lula a resistir às pressões do Centrão, isso porque sua base de apoio considera que a gestão do Ministério da Saúde durante a pandemia de COVID-19 foi desastrosa, principalmente sob gestão do general Eduardo Pazuello.

“Depois da pandemia, não existe brasileiro ou brasileira que não reconheça que graças ao SUS e aos profissionais de saúde, não chegamos a 1 milhão de mortos ou mais. E as 700 mil vidas que se perderam, também foram pelo negacionismo, pela falta de vacina e má gestão do antigo governo”, disse o petista que voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


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