A ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente presidente do Banco dos BRICS, criticou no último domingo (5/7), durante o 11º Fórum Mundial da Paz em uma universidade chinesa, o uso do dólar como arma geopolítica pelos Estados Unidos e que empresas não americanas correm riscos com a variação da moeda.
"No contexto de conflitos geopolíticos, o dólar tem sido usado como arma de sanções, elevando os preços de energia e alimentos e interrompendo ainda mais as cadeias de suprimentos", comentou Rousseff.
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O uso do dólar como uma das poucas moedas internacionais foi apontado por Dilma como uma forma de proteger empresas americanas dos riscos cambiais, o que não ocorre com estrangeiras. Ela alega que a existência de uma única moeda de reserva internacional dá vantagem para o emissor.
O discurso de Dilma vai ao encontro as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que os países passem a fazer comércio em outras moedas e que blocos econômicos analisem a criação de moedas para os grupos.
O yuan, moeda chinesa, anda ganhando espaço nas relações comerciais internacionais. A Argentina já anunciou que irá pagar suas compras com a potência asiática em sua moeda em vez de usar o dólar.
O Brasil passou a fazer reserva de yuans, que passou a se tornar a segunda maior reserva monetária do país ultrapassando o euro. Cenário que pode ser acompanhado pela Bolívia, segundo o presidente Luís Arce.
Lula chegou a sugerir que seja adotada uma moeda para os países do Mercosul e para os integrantes, com o intuito de financiar o comércio entre os países, do BRICS.
Lideranças africanas também apontam que estudam a adoção de uma moeda comum para o comércio entre os países.