Daniela Carneiro (Turismo) convidou funcionários e servidores do Ministério do Turismo para uma reunião às 17h nesta quinta-feira (6).
A expectativa é que ela faça um balanço desse período em que esteve à frente da pasta e marque assim um encerramento desse ciclo de pouco mais de seis meses.
Antes do encontro com servidores do Turismo, a ministra deve ir, por volta de 15h, ao Palácio do Planalto para uma conversa com o presidente Lula (PT).
Integrantes do governo esperam que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, entregue sua carta de demissão do cargo na reunião com Lula. O prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos), marido de Daniela, também estará no Planalto.
Auxiliares de Lula afirmam que a indicação do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) para substituí-la poderá ocorrer logo após a reunião entre Lula e a ministra. Sabino foi indicado pela bancada da União Brasil na Câmara. Ele é aliado do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
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Ao Planalto o prefeito também pediu celeridade e empenho na distribuição de emendas parlamentares ao seu grupo político e espera que elas possam beneficiar especialmente a construção de um hospital para o tratamento de câncer que já foi anunciado por Waguinho.
Palacianos diziam na terça-feira (4) que a troca poderia ser formalizada apenas na próxima semana, pois o presidente queria se encontrar com a cúpula da União Brasil. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um dos expoentes do partido, está em viagem e só voltará nesta quinta.
A pressão para que houvesse a troca no Turismo, porém, aumentou ao longo do dia, numa semana crucial de votações de pautas econômicas para o governo no Congresso Nacional. Lula liberou um lote de R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares e bateu novo recorde de liberação da verba.
Daniela pediu desfiliação da União Brasil em abril, o que aumentou as tensões entre o Planalto e a sigla, que ligava a indicação da ministra para o cargo à cota do presidente Lula.
A bancada da legenda na Câmara pede também a presidência da Embratur (agência de promoção do turismo), o comando e diretorias dos Correios.
Esperava-se que o presidente a demitisse no mês passado, o que não ocorreu —ela ganhou sobrevida no cargo, aumentando o tempo para definir como seria a saída do cargo e viabilizar um encontro do petista com Sabino.