O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (6/7) que caso a reforma tributária seja aprovada no Congresso Nacional, ela será a primeira em um regime democrático. Segundo ele, apesar de a proposta não ser "a que ele quer", o governo teve que lidar com a correlação de forças do Parlamento e negociar o desenho da proposta.
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"Nós estamos fazendo em um regime democrático, negociando com todo mundo, e ela vai ser aprovada. Não é o que cada um de vocês deseja, que o Haddad deseja, o que eu desejo, mas tudo bem", acrescentou Lula.
O presidente enfatizou que os deputados federais, "bem ou mal", foram escolhidos pela sociedade brasileira e merece tanto respeito quanto ele e Alckmin. "Ao invés de chorar o que a gente não tem, temos que conversar o que a gente tem", pontuou.
Três anos e meio pela frente
O encontro reuniu representantes de ministérios, como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI), Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de representantes da indústria e dos trabalhadores.
O CNDI é responsável por sugerir políticas industriais ao governo federal e é composto por 21 membros do governo, sendo 20 ministérios e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e 21 integrantes do setor produtivo, entidades científica e dos trabalhadores.
Lula lembrou ainda, em seu discurso, que seu mandato tem agora três anos e meio pela frente, e que o espírito de negociação seguirá até o final. Ele instou ainda os seus ministros a fazerem o mesmo.
"E isso vai acontecer nesses próximos quatro anos. Cada ministro que está aqui sabe, é preciso parar de reclamar. É preciso parar de lamentar e discutir como fazer o que vamos fazer. A única coisa impossível é Deus pecar, o resto a gente pode tudo", frisou Lula.