A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro, irá ouvir o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (11/7).
O depoimento de Cid estava originalmente marcado para o dia 4 de julho, mas o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-MA), divulgou uma nota adiando a oitiva devido à intensa agenda da Câmara dos Deputados que impediria o funcionamento da CPMI concomitante ao plenário.
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Em junho, Mauro Cid tentou conseguir um Habeas Corpus para não comparecer na comissão que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela obrigatoriedade do comparecimento de Cid na CPMI, mas manteve o direito de o tenente-coronel permanecer calado durante a oitiva.