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Estado de Minas ATOS GOLPISTAS

CPMI do 8 de janeiro irá ouvir Mauro Cid nesta terça-feria (11)

Polícia Federal encontrou mensagens golpistas e plano para a realização de um golpe de Estado no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro


10/07/2023 12:19 - atualizado 10/07/2023 12:51
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Tenente-coronel Mauro Cid usando farda do exército brasileiro
A expectativa é que Mauro Cid preste esclarecimentos na CPMI sobre as mensagens golpistas e o plano para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder (foto: Alan Santos/PR)


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro, irá ouvir o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (11/7).

O depoimento de Cid estava originalmente marcado para o dia 4 de julho, mas o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-MA), divulgou uma nota adiando a oitiva devido à intensa agenda da Câmara dos Deputados que impediria o funcionamento da CPMI concomitante ao plenário. 
O ex-ajudante de ordens está preso desde o dia 3 de maio sob acusação de participar de esquema de fraude no Ministério da Saúde por inserir dados falsos em cartões de vacina de membros de sua família e da família do ex-presidente Bolsonaro. Cid também é investigado por envolvimento no caso das jóias dadas ao então presidente Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. 

Na CPMI é esperado que Cid preste informações sobre trocas de mensagens com conteúdo golpista, uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o passo a passo para a realização de um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. As informações fazem parte de um relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.

Em junho, Mauro Cid tentou conseguir um Habeas Corpus para não comparecer na comissão que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela obrigatoriedade do comparecimento de Cid na CPMI, mas manteve o direito de o tenente-coronel permanecer calado durante a oitiva. 


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